18/12/2011

Amplificador de áudio "Monoblocus"

Baseado no amplificador Taurus, Monoblocus é um amplificador mono de alta-fidelidade. Tal como o Taurus, é capaz de entregar uma potência de 45W a altifalantes de 4 ohms e de 29W a altifalantes de 8 ohms. É um amplificador pensado para quem aprecia música sem a mínima distorção, uma vez que possibilita a montagem de um sistema com dois ou mais canais completamente independentes. Deste modo, evita-se a ocorrência de diafonia (crosstalk). Pode também funcionar como amplificador de subwoofer.

Parâmetros de funcionamento:
– V a. mín. = 207V RMS
– V a. máx. = 253V RMS
– Z L mín. = 4Ohm


Características eléctricas:
– I a. (V a. = 230V RMS, Z L = 4Ohm) = 496,4mA RMS
– I a. (V a. = 230V RMS, Z L = 8Ohm) = 343,9mA RMS
– P (V a. = 230V RMS, Z L = 4Ohm) = 114,2W
– P (V a. = 230V RMS, Z L = 8Ohm) = 79,10W


Características de amplificação:
– Impedância de entrada: 9,559KOhm
– Sensibilidade de entrada: 500mV RMS
– Ganho: 30,63dB (34V/V)
– Resposta em frequência (-3dB): 27,19Hz-120000Hz (valor corrigido)
– Potência de saída (Z L = 4Ohm): 45W
– Potência de saída (Z L = 8Ohm): 29W


Bastante simples, o circuito utiliza um único integrado LM3876. Tratando-se de um projecto baseado na revisão A do Taurus, existem muitos elementos em comum cujo propósito seria fastidioso explicar. As medidas para evitar a introdução de ruído são essencialmente as mesmas. Dado que não existe um potenciómetro para regular o volume, a entrada é aterrada pelo resistor R3. Esta medida impede a entrada de estática quando o amplificador não se encontra ligado a qualquer fonte de sinal.

Diagrama do circuito correspendente à secção de alimentação.

Diagrama do circuito correspendente à secção de amplificação.

O que torna este circuito peculiar é o facto de utilizar um opto-acoplador, mais especificamente um TLP521-1 (IC1, na figura acima), no sub-circuito de muting. O objectivo é cortar a saída do amplificador assim que este é desligado. O LED interno do opto-acoplador é alimentado, através do resistor R1, por um rectificador em meia ponte constituído pelos díodos D5 e D6 (na primeira figura). É de salientar que não existe qualquer condensador de filtro após o rectificador, pois pretende-se que o sub-circuito de muting actue rapidamente. Por sua vez, o foto-transístor interno do opto-acoplador comuta a corrente que vem do pino de mute do LM3876 (pino 8), conduzindo apenas quando o LED a ele acoplado emite luz. Esta corrente é limitada pelo resistor R2. O condensador C7 assume dois papéis: estabelece o tempo de arranque/corte da saída do LM3876 (cerca de meio segundo) e mantém constante a corrente debitada do pino de mute. Note que, de acordo com a folha de dados, a corrente vinda do pino de mute tem de ser sempre superior a 0,5mA para que o LM3876 amplifique sem qualquer atenuação. Tal é garantido, uma vez que R2 deixa passar a corrente necessária e C7 mantêm o valor desta acima dos 0,5mA durante os breves períodos em que o foto-transístor está ao corte (repare que a corrente que atravessa o LED não é constante).

Componentes:
C1/4 – Condensador electrolítico 10mF 50V;
C2/5/7 – Condensador electrolítico 100µF 50V;
C3/6/11 – Condensador de poliéster 100nF 63V;
C8 – Condensador de poliéster 1µF 63V;
C9 – Condensador cerâmico 220pF 63V;
C10 – Condensador electrolítico não polarizado 22µF 6,3V;
D1-4 – Díodo rectificador 1N5400;
D5/6 – Díodo rectificador 1N4001;
F1 – Fusível lento 1A;
F2/3 – Fusível lento 3,15A;
HS – Dissipador passivo de 1,2°C/W;
IC1 – Opto-acoplador TLP521-1;
IC2 – Amplificador de áudio de potência LM3876 (LM3876TF);
J1 – Conector IEC C14;
J2 – Conector RCA fêmea;
JW – Fio multifilar 26AWG;
L – Bobina de núcleo de ar 16 espiras Ø6mm 22AWG;
LP – Lâmpada de néon resistorizada 230V~;
R1 – Resistor de carvão 1,2KR±5% 1W;
R2/6 – Resistor de carvão 33KR±5% 1/8W;
R3 – Resistor de carvão 12KR±5% 1/8W;
R4 – Resistor de carvão 47KR±5% 1/8W;
R5/7 – Resistor de carvão 1KR±5% 1/8W;
R8 – Resistor de carvão 2,7R±5% 2W;
R9 – Resistor de carvão 10R±5% 1/2W;
S – Interruptor bipolar;
T – Transformador toroidal 230V~ 2x18V~ 120VA.


A placa de circuito impresso é de face simples e, com os materiais adequados, pode ser preparada em casa. Contudo, a sua montagem é complexa e requer cuidados especiais. As pistas mais largas devem ser estanhadas, tal como o layout da máscara de solda sugere. Tal como em outros projectos, é fundamental respeitar a separação entre os planos de massa. A união destes planos deve ser feito usando um fio multifilar de 26AWG (JW), de acordo com o diagrama do circuito.

Para este projecto recomendo a caixa KEL CVR1427 da Varisom. É uma caixa em alumínio lacado, com bom acabamento e suficientemente robusta para suportar o peso do transformador. A furação deve ser feita conforme o guia, que deve ser impresso em papel A3. É importante substituir os 8 parafusos inferiores por pares parafuso e porca, conforme indicado nas notas do projecto.

Links importantes:
Diagrama do circuito: http://app.box.com/s/lry6q5as16rx38ku6u1d
Layout da placa: http://app.box.com/s/jmzay6gsl5rulhpdbyl3
Guia de furação da caixa: http://app.box.com/s/qpr09dmkornabrr185kb
Notas do projecto (contém indicações importantes): http://app.box.com/s/k2ifq94romx7toguytru
Pasta contendo todos os ficheiros: http://app.box.com/s/7qareyp95zac6xe8qi94
Site da Varisom: http://varisom.com/

04/12/2011

Melhorias a aplicar no amplificador Taurus

Tenho pensado em algumas modificações com vista a melhorar o já excelente desempenho do amplificador Taurus. As alterações que espero aplicar na próxima revisão deste projecto são as seguintes:

Uma ponte rectificadora para cada canal:
Esta alteração serve para minimizar uma eventual interferência entre canais por via da alimentação. Na secção de alimentação dá-se uma queda de tensão significativa nos díodos da ponte rectificadora. Essa queda de tensão é tanto maior quanto maior for a corrente que atravessa os mesmos. O problema põe-se quando os rails de alimentação são comuns aos dois canais: qualquer exigência de corrente por parte de um dos integrados vai causar fundões na alimentação, o que poderá afectar o sinal de saída de ambos os canais. Ao utilizar uma ponte rectificadora dedicada a cada canal minimiza-se o efeito, pois cada canal terá os seus rails de alimentação. Somente o transformador é partilhado, por razões de espaço e de custo.

Substituição dos integrados LM3875 por integrados LM3876:
A grande vantagem do integrado LM3876 face ao seu irmão LM3875 é que o primeiro tem um pino de mute que permite fazer o cancelamento do sinal de saída. As características eléctricas e sonoras são idênticas, não havendo alterações expectáveis na qualidade de reprodução. Esta alteração pode trazer alguns desafios em termos de layout da placa, sobretudo pelo facto da pinagem do LM3876 ser mais "difícil" do que a do LM3875.

Aplicação de circuitos de muting:
Cada canal irá ter um circuito de muting que corta a saída assim que o amplificador é desligado. Justifica-se o uso destes circuitos para evitar que o amplificador continue a reproduzir segundos depois de ser desligado, alimentado pelas reservas dos condensadores de filtro. Prevejo que os circuitos de muting sejam inteiramente independentes, cada um com o seu opto-acoplador TLP521-1.

Estas alterações implicam um aumento significativo do número de componentes na placa de circuito impresso. Possivelmente esta próxima revisão precisará de uma placa maior, o que poderá ser um grande entrave à evolução do projecto. Espero que não!

27/11/2011

Brevemente: Amplificador de áudio "Monoblocus"

É com agrado que anuncio que este projecto está em fase de conclusão, cerca de quatro meses após o seu início. O diagrama do circuito e o layout da placa estão prontos, faltando ajustar alguns pormenores relativamente à furação da caixa e desenhar o painel frontal. Espero assim publicar o projecto em Dezembro ou em Janeiro do ano que vem.

Entretanto é possível consultar alguns ficheiros referentes ao projecto no repositório de ficheiros, através do endereço: http://app.box.com/s/7qareyp95zac6xe8qi94.

15/11/2011

Nomenclatura das revisões dos projectos

As revisões dos projectos neste blogue têm denominações específicas: os números indicam revisões menores e as letras indicam revisões maiores. Por exemplo, "Rev. 1" indica que é a primeira revisão menor ao projecto original, ao passo que "Rev. A" indica que é a primeira revisão maior. Podem existir casos em que haja revisões menores a seguir a revisões maiores. Por exemplo, "Rev. A1" denomina uma revisão menor à revisão A. Por outro lado, supondo que já existe uma revisão menor "Rev. 1", a revisão maior que se segue será designada "Rev. A" e não "Rev. 1A". A numeração das revisões assume a seguinte ordem de precedência (n é um número natural): 1, 2, n, A, A1, A2, An, B, B1, B2, Bn, etç.

11/11/2011

Amplificador de áudio "Minimus"

Finalmente apresento este projecto que, dada a falta de disponibilidade da minha parte, tem sofrido vários atrasos. Desenhado para ser portátil, Mínimus é um amplificador estéreo capaz de fornecer uma potência por canal de 9,4W a altifalantes de 4 ohms e de 5,2W a altifalantes de 8 ohms. Tem controles para volume, balanço, graves e agudos, sendo por isso um amplificador bastante completo. Contudo precisa de uma fonte de alimentação externa capaz de fornecer 15V~ e 3,5A. Por ser compacto, é um bom amplificador para se usar com um leitor de MP3 ou um leitor de CDs portátil.

Parâmetros de funcionamento:
– V a. mín. = 9,62V RMS
– V a. máx. = 20,64V RMS
– Z L mín. = 4Ohm


Características eléctricas:
– I a. (V a. = 15V RMS, Z L = 4Ohm) = 3,308A RMS
– I a. (V a. = 15V RMS, Z L = 8Ohm) = 1,843A RMS
– P (V a. = 15V RMS, Z L = 4Ohm) = 49,63W
– P (V a. = 15V RMS, Z L = 8Ohm) = 27,64W


Características de amplificação (em cada canal):
– Impedância de entrada: 967,7Ohm
– Sensibilidade de entrada: 316mV RMS
– Ganho (potenciómetro R4 centrado*1): 26,87dB (22,06V/V)
– Ganho (potenciómetro R4 num extremo*1): 28,45dB (23,48V/V)
– Resposta em frequência (-3dB, Z L = 4Ohm): 44-80000Hz
– Resposta em frequência (-3dB, Z L = 8Ohm): 22-80000Hz
– Potência de saída (Z L = 4Ohm): 9,4W
– Potência de saída (Z L = 8Ohm): 5,2W


O circuito utiliza um integrado LM1036 para controlo de áudio. O estágio de saída é constituído por um único integrado TDA2009A para os dois canais. Como em projectos anteriores, foram tomadas medidas para evitar a introdução de ruído. Os resistores R11 e R17 evitam a entrada de estática quando o amplificador não está ligado a qualquer fonte de sinal. Em cada saída do LM1036, um divisor de tensão (R12, R13, R18 e R19) atenua o sinal que vai entrar no TDA2009A. Deste modo evita-se a saturação das entradas deste último. Adicionalmente, uma vez que a tensão fornecida ao LM1036 é regulada por intermédio de um regulador de tensão LM7810, o amplificador fica imune a ruído vindo da alimentação.

Componentes:
C1 – Condensador electrolítico 15mF 35V;
C2/5/19/27 – Condensador de poliéster 100nF 63V;
C3/14/22 – Condensador de poliéster 10nF 63V;
C4 – Condensador electrolítico 100µF 35V;
C6-9 – Condensador de poliéster 220nF 63V;
C10 – Condensador electrolítico 47µF 16V;
C11 – Condensador electrolítico 22µF 35V;
C12/20 – Condensador electrolítico 10µF 16V;
C13/21 – Condensador de poliéster 330nF 63V;
C15/23 – Condensador de poliéster 470nF 63V;
C16/24 – Condensador electrolítico 2,2µF 6,3V;
C17/25 – Condensador electrolítico 220µF 35V;
C18/26 – Condensador electrolítico 2,2mF 35V;
D1-4 – Díodo rectificador 1N5400;
D5 – LED vermelho (GaAsP/GaP);
HS1 – Dissipador passivo de 33°C/W (TO-220);
HS2 – Dissipador passivo de 2,4°C/W;
IC1 – Regulador de tensão LM7810;
IC2 – Controle de áudio LM1036;
IC3 – Amplificador de áudio de potência TDA2009A;
J1 – Conector de alimentação CC fêmea 5,5mm x 2,1mm;
J2 – Conector TRS fêmea 3,5mm;
JW – Fio multifilar 26AWG;
R1 – Resistor de carvão 1,5KR±5% 1W;
R2/5/7/9 – Potenciómetro 47KR±10% 1/8W;
R3 – Resistor de carvão 15KR±5% 1/8W;
R4/6/8/10 – Resistor de carvão 47KR±5% 1/8W;
R11/17 – Resistor de carvão 1KR±5% 1/8W;
R12/18 – Resistor de carvão 560R±5% 1/8W;
R13/19 – Resistor de carvão 2,7KR±5% 1/8W;
R14/20 – Resistor de carvão 1KR±5% 1W;
R15/21 – Resistor de carvão 39R±5% 1/8W;
R16/22 – Resistor de carvão 1R±5% 1/8W;
S – Interruptor unipolar.


A placa de circuito impresso é de face simples e, com os materiais adequados, pode ser preparada em casa. Contudo, este projecto requer um número relativamente elevado de componentes, o que aumenta a complexidade da sua montagem. Como sempre, convêm respeitar a separação entre os planos de massa. A união entre estes planos deve ser feita com um fio multifilar de 26AWG (JW), tal como é indicado no diagrama do circuito. A caixa deve ser construída com painéis de contraplacado de 10mm de espessura, conforme as notas do projecto.

Links importantes:
Diagrama do circuito: http://app.box.net/shared/mt38jxkje4y6e13b9uzs
Layout da placa: http://app.box.net/shared/xb1kx37cxl8ctlf8ps4h
Modelo da caixa (em anim8or): http://app.box.net/shared/0mlb1kq435fy9aenntoy
Notas do projecto (contém indicações importantes): http://app.box.net/shared/hnbo9jlag113sz3zq88k
Pasta contendo todos os ficheiros: http://app.box.net/shared/gy5o23zgd5j3b3oueetb

28/10/2011

Projecto "Minimus" parcialmente disponível

Embora este projecto esteja atrasado, alguns ficheiros relativos ao mesmo já estão disponíveis no repositório de ficheiros. Poderá consultá-los através do seguinte endereço: http://app.box.net/shared/gy5o23zgd5j3b3oueetb.

20/10/2011

Atrasos na publicação do projecto "Minimus"

Devido a pouca disponibilidade da minha parte, o projecto "Minimus" está atrasado. Ao contrário do que foi indicado no post de 8 de Agosto, prevê-se que o projecto seja publicado apenas em Novembro ou Dezembro.

15/10/2011

Testes relativos ao projecto "Monoblocus"

Ultimamente tenho feito alguns testes com o integrado LM3876, justamente no sentido de validar a opção de utilizar um opto-acoplador TLP521-1 no circuito de muting. Após uma série de testes e ajustes, tenho agora um esboço concreto do que será o circuito final. O opto-acoplador revelou ser uma boa escolha, pois desempenhou a sua função sem afectar a prestação do LM3876 em termos de qualidade de som. Aqui ficam algumas fotos dos testes em placa de ensaio:

Integrado LM3876 e circuito de 'muting' montado em placa de ensaio.

Pormenor do circuito de 'muting'. O opto-acoplador é visível em primeiro plano.

08/10/2011

Mudança de nome

Este blogue, o "Projectos de Electrónica", passa a ter um novo nome: Bloguetrónica. O escopo do blogue tem vindo a alargar. Embora o blogue continue a ser vocacionado para os projectos, creio que muitos mais assuntos sobre electrónica devem ser explorados. O novo nome é simples e resume bem a temática do blogue.

02/10/2011

Terra, chassis e massa

Num circuito eléctrico podem existir vários pontos cujo potencial se considera como sendo o de referência, ou seja, 0V. Podem ser de três tipos: terra, chassis e massa. No entanto, cada um desses tipos é de natureza diferente, e por isso convém fazer a distinção entre os mesmos. A figura seguinte mostra os símbolos para terra, chassis e massa.

Símbolos esquemáticos para terra, chassis e massa.

A terra é o ponto de referência por excelência, por estar ao mesmo potencial que o chão. É obtida localmente numa instalação eléctrica, através de uma estaca de metal enterrada no solo. Convém salientar que a terra não equivale ao neutro, pois este último vem da rede eléctrica, mais concretamente da sub-estação da área.

O chassis corresponde à carcaça metálica do equipamento. Este só tem expressão em equipamentos sem duplo isolamento que utilizem a rede eléctrica. Nessas condições, o chassis deve estar sempre ligado à terra. Deste modo, na eventualidade de haver uma fuga de corrente para o chassis, o mesmo não ficará sob uma tensão potencialmente perigosa ou até letal.

A massa é, em muitos casos, um ponto de referência flutuante. Em circuitos que utilizem a rede eléctrica, a massa não deve estar ligada directamente à terra por forma a evitar problemas relacionados com ground loop. Só em casos excepcionais, quando a segurança assim o exige, é que a massa de um circuito deverá estar ligada à terra.

Concluindo, é importante conhecer as diferenças entre terra, chassis e massa. O entendimento destes conceitos é um auxiliar importante na boa concepção de circuitos eléctricos e electrónicos.

26/09/2011

Recategorização dos posts relativos aos projectos

Com o objectivo de tornar o blogue mais organizado, todos os posts com a etiqueta "projectos" passam também a ser categorizados de acordo com a temática do projecto (por exemplo: amplificadores, colunas de som, etc). Espero assim tornar o blogue mais fácil de consultar.

25/09/2011

Kit Velleman MK119 - Roleta

Outro kit com a qualidade Velleman, o MK119 "Roleta" é um excelente kit, completo, didáctico e divertido. Em poucas palavras, é uma roleta electrónica que emite luz e som.

Kit Velleman MK119 montado.

Este kit funciona de modo análogo ao kit MK152 apresentado no post de 11 de Setembro. Os LEDs piscam numa sequência giratória quando o botão é premido. Libertado o botão, a cadência abranda até parar. O numero vencedor é então indicado pelo LED que permanecer a piscar. O som emitido difere consoante saia vermelho, verde ou amarelo. A roleta acaba por se desligar caso o botão não seja premido novamente.

O circuito funciona com base no microcontrolador PIC16C505 da Microchip, e utiliza o conceito de charlieplexação (ou charlieplexing) para controlar os 37 LEDs e o bezouro (este último é controlado por intermédio de um opto-acoplador). A montagem deste kit não apresenta dificuldades de maior. No entanto, dado o número elevado de componentes, não o recomendo a principiantes.

17/09/2011

Como testar uma fonte ATX

É possível testar uma fonte ATX sem a ter ligada a um computador. Para a fazer arrancar, o método é bastante simples: basta fazer um "shunt" entre o pino do fio verde e qualquer um dos pinos de fiação preta no conector ATX. A figura abaixo esquematiza um conector ATX de 20 + 4 pinos (ATX v2.0). As designações dos pinos estão de acordo com a especificação ATX.

Esquema de pinos do conector padrão ATX v2.0. O conector está orientado com a fiação para trás.

O pino correspondente ao fio verde, acima designado "PS_ON#", recebe um sinal lógico da motherboard assim que o computador é ligado. Basicamente o que a motherboard faz é aterrar esse pino, que desconectado apresenta uma tensão de +5V aproximadamente. Por isso, para emular esse comportamento é preciso estabelecer um contacto entre este pino e qualquer um dos pinos de massa "COM". Para desactivar a fonte basta desfazer esse contacto.

Conector ATX com "shunt" improvisado para ligar a fonte de alimentação.

No entanto, existem outros pinos essenciais para o arranque do computador a serem testados, nomeadamente os pinos "+5VSB" e "PWR_ON". O pino "+5VSB" é o único pino que apresenta tensão quando a fonte não está activa. É este que fornece energia aos circuitos lógicos da motherboard e à memória quando o computador está a hibernar. Tal como a designação indica, a tensão deste pino deve ser de cerca de +5V. Por sua vez, o pino "PWR_ON" indica à motherboard que a fonte está activa e a funcionar correctamente. Quando a fonte está activa, este pino deve apresentar uma tensão próxima de +5V.

Os restantes pinos também devem ser testados para confirmar se as tensões estão correctas ou não. A fiação laranja deve fornecer cerca de +3,3V, a fiação vermelha cerca de +5V, a fiação amarela cerca de +12V, e o fio azul cerca de -12V. Todas as tensões têm uma tolerância de ±5%, excepto a tensão de -12V que tem uma tolerância de ±10%. Se possível, as medições devem ser feitas com a fonte em ligeira carga (em especial no rail de +12V). Se todas as tensões estiverem dentro dos limites de tolerância, a fonte poderá ser usada sem problemas.

11/09/2011

Kit Velleman MK152 - Roda da Fortuna

Sem dúvida um excelente kit produzido pela Velleman. Simples, didáctico e divertido. Apresento então o kit MK152 "Roda da Fortuna".

Kit Velleman MK152 montado.

Os dez LEDs piscam numa sequência giratória quando o botão é premido. Assim que o botão é libertado, a cadência abranda progressivamente até parar. O número vencedor é então indicado pelo LED que ficar acesso. Se o botão não for premido novamente, o LED apagar-se-á em poucos segundos.

O circuito é simples e o seu funcionamento é relativamente fácil de entender. É baseado em dois integrados da família lógica 4000: o 4017 e o 4069. Este kit é fácil de montar, sendo por isso ideal para quem tem pouca experiência em soldadura electrónica.

03/09/2011

Alterações ao projecto "Monoblocus"

Após análise e algum aconselhamento, decidi desenhar o amplificador em torno do integrado LM3876, e não em torno do integrado LM3886 inicialmente previsto. O LM3876 tem as mesmas características eléctricas que o LM3875 mas, tal como o LM3886, tem um pino adicional de mute. Em comparação com o LM3886, o LM3876 tem uma relação sinal-ruído (SNR) maior, o que resulta em maior fidelidade. Além disso, e em última análise, existem diferenças mínimas em termos de sonoridade que tornam o LM3876 mais apelativo.

Em princípio, a função de mute ao desligar será feita por intermédio de um opto-acoplador tipo TLP521-1 da Toshiba (ou similar). No entanto, ainda preciso de fazer alguns testes no sentido de validar ou não essa opção.

28/08/2011

Repositório de ficheiros

É agora possível aceder às pastas dos projectos publicados através de um endereço único: http://www.box.net/shared/ty0c3ez955eto1xx7qgq. Este link também está disponível na caixa "Referências" situada na coluna da direita.

22/08/2011

Acordo Ortográfico?

Um rotundo não! Não me vou debruçar muito acerca das razões linguísticas que fundamentam o meu não, até porque este é um blogue sobre electrónica. Penso que o novo Acordo Ortográfico é absurdo e desnecessário. Simplesmente não há razões para "uniformizar" a língua, até porque esta é um organismo vivo, que deve evoluir de acordo com as necessidades do povo que a usa e não por imposição de acordos "convenientes".

Em suma, não vou aderir. A palavra "projectos" continuará a ser escrita com "c" antes do "t", assim como a palavra "electrónica".

08/08/2011

Brevemente: Amplificador de áudio "Mínimus"

Minimus é um amplificador desenhado em torno dos integrados LM1036 e TDA2009A. Concebido para ser portátil, pode fornecer uma potência por canal de 9,4W a altifalantes de 4 ohms e de 5,2W a altifalantes de 8 ohms.

O projecto está praticamente acabado, com o diagrama do circuito e o layout da placa desenhados. Falta apenas terminar o modelo da caixa deste amplificador. A sua publicação está prevista para Setembro ou Outubro.

31/07/2011

Em esboço: Amplificador de áudio "Monoblocus"

Inspirado no amplificador Taurus, trata-se de um amplificador mono. O projecto ainda está em esboço, mas o circuito irá ser desenhado em torno do integrado LM3886. Em comparação com o integrado LM3875 usado no Taurus, este tem uma eficiência um pouco melhor, o que se traduz em mais potência. Além disso este integrado tem mute, característica que tenciono usar para "calar" o amplificador assim que é desligado.

Dado que o projecto está em esboço não vou adiantar quaisquer dados técnicos. Apenas posso adiantar que será um amplificador inteiramente vocacionado para o utilizador audiófilo, que gosta do melhor, do hi-end.

23/07/2011

Como instalar transformadores toroidais

Os transformadores toroidais são fáceis de instalar, pois requerem poucos acessórios. No entanto, e devido à sua construção, devem ser tomadas algumas precauções de modo a garantir o bom funcionamento e a longevidade dos mesmos.

Esquema para instalação de um transformador toroidal. O transformador está representado em corte.

A figura acima ilustra como se deve instalar um transformador toroidal. Normalmente estes transformadores vêm acompanhados com acessórios de fixação, nomeadamente um disco de fixação e duas anilhas de neoprene. Para a sua fixação, recomendo o uso de um parafuso de carruagem (também designado como parafuso de cabeça oval e arreigada quadrada, DIN 603), uma anilha normal (DIN 125), uma anilha de mola (DIN 127) e uma porca sextavada (DIN 934).

Parafuso de carruagem, anilha normal, anilha de mola e porca sextavada.

Devido à sua geometria, o parafuso de carruagem é o mais indicado para este trabalho, pois garante uma melhor distribuição de força pelo chassis e não roda durante o aperto. A anilha de mola também é importante, pois proporciona melhor controle sobre o aperto e impede o afrouxar da fixação com o passar do tempo. A instalação pode ser feita na vertical, da mesma maneira e com os mesmos acessórios, desde que o transformador não seja demasiado pesado para ser suportado nessa posição. A fotografia seguinte mostra um transformador de 230VA, pesando cerca de 2,3Kg, instalado na vertical.

Transformador toroidal instalado na vertical.

Um dos cuidados a ter durante a instalação é o de não apertar demasiado a porca, pois pode dar-se o esmagamento dos enrolamentos do transformador, ficando este permanentemente danificado. Convém apertar somente até o transformador ficar suficientemente firme (a anilha de mola não deve ficar totalmente espalmada). Outro cuidado consiste em evitar o contacto entre a ponta do parafuso e o chassis. Se esse contacto existir, o chassis e o parafuso agem como um enrolamento em curto-circuito, causando uma sobrecarga no transformador. Pelo mesmo motivo, deve-se também evitar o contacto entre o disco de fixação e o chassis. Seguindo estas recomendações, a longevidade do transformador fica assegurada.

16/07/2011

Galeria de imagens

A partir de hoje é possível ver fotos de alguns dos projectos, no Picasa, através do seguinte endereço: http://picasaweb.google.com/115934173671562757587. Serão publicados em breve mais álbuns.

11/07/2011

Amplificador de áudio "Taurus" (Rev. A)

Este projecto, no qual trabalhei em Abril e Maio deste ano, é uma revisão maior do projecto anterior. Este amplificador apresenta melhorias em termos de estabilidade e fiabilidade em comparação com a versão original. No entanto, as características eléctricas e sonoras são idênticas.

O circuito é um pouco mais complexo, pois foram introduzidos alguns componentes com vista a tornar o amplificador mais estável. Os condensadores C13 e C17 bloqueiam qualquer componente DC no sinal de entrada, evitando o aparecimento da mesma no sinal de saída. Os resistores R3 e R10 estabelecem, a par com os condensadores C13 e C17, a constante RC da etapa de entrada. Os condensadores C14 e C18 servem para prevenir oscilações de alta frequência. Os resistores R7 e R14 e os condensadores C15 e C19 constituem células de Boucherot. As bobines L1 e L2, a par com os resistores R8 e R15, fazem com que a saída tenha uma impedância mais elevada para as altas frequências, o que estabiliza o amplificador quando ligado a cargas com capacitância significativa.

Lista de componentes:
C1/2/7/8 – Condensador electrolítico 10mF 50V;
C3/5/9/11 – Condensador electrolítico 100µF 50V;
C4/6/10/12/16/20 – Condensador de poliéster 100nF 63V;
C13/17 – Condensador de poliéster 1µF 63V;
C14/18 – Condensador cerâmico 220pF 63V;
C15/19 – Condensador electrolítico não polarizado 22µF 6,3V;
D1-4 – Díodo rectificador 6A05;
F1 – Fusível lento 2A;
F2/3 – Fusível lento 6,3A;
HS1/2 – Dissipador passivo de 1,2°C/W;
IC1/2 – Amplificador de áudio de potência LM3875 (LM3875TF);
J1 – Conector IEC C14;
J2/3 – Conector RCA fêmea;
JW – Fio multifilar 26AWG;
L1/2 – Bobina de núcleo de ar 16 espiras Ø6mm 22AWG;
LP – Lâmpada de néon resistorizada 230V~;
R1 – Potenciómetro duplo 10KR±10% 1/8W;
R2/9 – Resistor de carvão 4,7KR±5% 1/8W;
R3/10 – Resistor de carvão 47KR±5% 1/8W;
R4/6/11/13 – Resistor de carvão 1KR±5% 1/8W;
R5/12 – Resistor de carvão 33KR±5% 1/8W;
R7/14 – Resistor de carvão 2,7R±5% 2W;
R8/15 – Resistor de carvão 10R±5% 1/2W;
S – Interruptor bipolar;
T – Transformador toroidal 230V~ 2x18V~ 225VA.


A placa de circuito impresso é semelhante à do projecto anterior e prepara-se da mesma forma, com os mesmos cuidados. O modelo da caixa a usar é o mesmo. Contudo existem pequenas diferenças a nível de furação, pelo que convêm seguir o novo guia. De resto, a montagem faz-se do mesmo modo.

Links importantes:
Diagrama do circuito: http://app.box.net/shared/1eunx35likmizzopnvb8
Layout da placa: http://app.box.net/shared/flnr5h1860jjdu04gyt6
Guia de furação da caixa: http://app.box.net/shared/09v8g1ovkx8x8r6phe1z
Pasta contendo todos os ficheiros: http://app.box.net/shared/m8ro7gf5z8

02/07/2011

Amplificador de áudio "Taurus"

Hoje apresento o projecto que mencionei no post anterior. É um amplificador de alta-fidelidade, capaz de entregar uma potência por canal de 45W a altifalantes de 4 ohms e de 29W a altifalantes de 8 ohms. O que melhor caracteriza este amplificador é a sua transparência, isto é, o sinal de áudio não é adulterado. É o amplificador ideal para usar com fontes de áudio analógicas, dado que a distorção harmónica é mínima e não adiciona coloração. Contudo peca por ser um tanto ou quanto "clínico".

Parâmetros de funcionamento:
– V a. mín. = 207V RMS
– V a. máx. = 253V RMS
– Z L mín. = 4Ohm


Características eléctricas:
– I a. (V a. = 230V RMS, Z L = 4Ohm) = 991,9mA RMS
– I a. (V a. = 230V RMS, Z L = 8Ohm) = 686,7mA RMS
– P (V a. = 230V RMS, Z L = 4Ohm) = 228,1W
– P (V a. = 230V RMS, Z L = 8Ohm) = 157,9W


Características de amplificação (em cada canal):
– Impedância de entrada: 3,197-10KOhm
– Sensibilidade de entrada: 500mV RMS
– Ganho: 30,63dB (34V/V)
– Resposta em frequência (-3dB): 7,234-120000Hz
– Potência de saída (Z L = 4Ohm): 45W
– Potência de saída (Z L = 8Ohm): 29W


O circuito é muito simples e utiliza dois integrados LM3875, um por canal. Foi escolhido o LM3875, uma vez que este oferece uma boa potência de saída com baixo grau de distorção e porque é fácil de implementar. Como é usual, foram tomadas precauções para evitar a entrada de ruído. O potenciómetro R1 e os resistores R2 e R3 aterram as entradas, evitando assim a entrada de estática quando o amplificador não se encontra ligado a uma fonte de sinal. Mais importante ainda, estes resistores alteram a lei do potenciómetro de volume (R1) de modo a que este tenha um comportamento quase logarítmico com corte de -10dB a meia escala.

Componentes:
C1/2/7/8 – Condensador electrolítico 10mF 50V;
C3/5/9/11 – Condensador electrolítico 100µF 50V;
C4/6/10/12 – Condensador de poliéster 100nF 63V;
C13/14 – Condensador electrolítico não polarizado 22µF 6,3V;
D1-4 – Díodo rectificador 6A05;
F1 – Fusível lento 2A;
F2/3 – Fusível lento 6,3A;
HS1/2 – Dissipador passivo de 1,2°C/W;
IC1/2 – Amplificador de áudio de potência LM3875 (LM3875TF);
J1 – Conector IEC C14;
J2/3 – Conector RCA fêmea;
JW – Fio multifilar 26AWG;
LP – Lâmpada de néon resistorizada 230V~;
R1 – Potenciómetro duplo 10KR±10% 1/8W;
R2/6 – Resistor de carvão 4,7KR±5% 1/8W;
R3/5/7/9 – Resistor de carvão 1KR±5% 1/8W;
R4/8 – Resistor de carvão 33KR±5% 1/8W;
S – Interruptor bipolar;
T – Transformador toroidal 230V~ 2x18V~ 225VA.


A placa de circuito impresso é de face simples e pode ser preparada em casa. Contudo, a sua montagem não é fácil e requer cuidados especiais. Antes de soldar os componentes, as pistas mais largas devem ser estanhadas, tal como o layout da máscara de solda sugere. É fundamental respeitar a separação entre os planos de massa de modo a evitar o fenómeno de ground loop. A união destes planos deve ser feita por meio de um fio multifilar de 26AWG (JW), de acordo com o diagrama do circuito.

Placa de circuito impresso com pistas estanhadas.

A placa montada.

Para este projecto recomendo a caixa KEL CVR1427 da Varisom. É uma caixa em alumínio lacado, de fabrico nacional, suficientemente robusta para suportar o peso do transformador. A furação deve ser feita de acordo com o guia, que deve ser impresso em papel A3. Aconselho também a substituição dos oito parafusos inferiores por pares parafuso e porca, conforme indicado nas notas do projecto. Desta forma, a caixa irá ficar mais robusta.

Caixa KEL CVR1427. Esta é a caixa recomendada para o projecto.

Links importantes:
Diagrama do circuito: http://app.box.net/shared/f3ldg3q8p6
Layout da placa: http://app.box.net/shared/t8fipadk5g
Guia de furação da caixa: http://app.box.net/shared/45p0upp9nr
Notas do projecto (contém indicações importantes): http://app.box.net/shared/jzmegb1lt2
Pasta contendo todos os ficheiros: http://app.box.net/shared/m8ro7gf5z8
Site da Varisom: http://varisom.com/

25/06/2011

Conclusão da montagem do amplificador Taurus

Após muitas horas de trabalho, é com agrado que dou por concluída a montagem deste amplificador. Iniciei esta montagem em Dezembro do ano passado. Quanto ao projecto propriamente dito, iniciei-o em Setembro do ano passado e terminei-o em Março deste ano. A par com a montagem, este projecto teve de passar por algumas adaptações e compromissos até chegar à sua fase final. Contudo, e ao contrário do que ficou previsto no projecto final, optei por não imprimir o desenho no painel frontal por razões económicas (porque a impressão é cara) e por razões de estética (porque a qualidade do trabalho de impressão nem sempre é satisfatória, e existe o risco de o processo arruinar o acrílico). Uma vez que fiquei satisfeito com o resultado, decidi dar hoje por terminado este amplificador. Aqui ficam algumas fotos:

Amplificador Taurus visto de frente.

Amplificador visto a três quartos.

Amplificador visto de trás.

23/06/2011

Projectos no YouTube

Para quem tiver curiosidade em ver alguns destes projectos em funcionamento, disponibilizo o endereço do meu canal no YouTube: http://www.youtube.com/cumesoftware.

09/06/2011

Colunas de som multimédia "Unus"

Este projecto, que finalizei em Março de 2010, foi inspirado nas colunas de som Quattuor. Sendo uma versão simplificada, este conjunto de colunas tem apenas um controle para volume. Similarmente tem uma potência de 4,7W por canal (o que equivale a 92,70dB de pressão sonora), o que é suficiente para aplicações de secretária. Contudo estas colunas não são blindadas magneticamente e, por isso, não devem ser usadas perto de monitores CRT ou outros dispositivos que possam ser afectados por campos magnéticos.

Parâmetros de funcionamento:
– V d. mín. = 8,80V
– V d. máx. = 15,72V


Características eléctricas:
– I d. (V d. = 13,5V) = 842,5mA
– P (V d. = 13,5V) = 11,37W


Características de amplificação (em cada canal):
– Impedância de entrada: 1,437-4,7KOhm
– Sensibilidade de entrada: 316mV RMS
– Ganho: 22,39dB (13,17V/V)
– Potência de saída (Z FTE = 4Ohm): 4,7W


Características sonoras:
– Resposta em frequência (-10dB): 51-20500Hz
– Pressão sonora (SPL): 92,70dB (cada canal)


Tal como no caso do projecto anterior, o circuito utiliza dois integrados TDA2003 no estágio de saída. O volume é directamente controlado pelo potenciómetro R2. Na entrada de cada TDA2003 existe um divisor de tensão (R3, R4, R9 e R10) para atenuar o sinal. Tal é necessário, pois estes integrados não permitem definir um ganho inferior a 26dB sob pena de ocorrerem oscilações. Estes divisores de tensão também alteram a lei do potenciómetro de volume (R2) de modo a que este tenha um comportamento quase logarítmico com corte de -10dB a meia escala.

Componentes:
C1 – Condensador electrolítico 4,7mF 25V;
C2/4 – Condensador electrolítico 100µF 25V;
C3/5/10/15 – Condensador de poliéster 100nF 63V;
C6/11 – Condensador electrolítico 2,2µF 6,3V;
C7/12 – Condensador de poliéster 33nF 63V;
C8/13 – Condensador electrolítico 470µF 25V;
C9/14 – Condensador electrolítico 1mF 25V;
D1 – Díodo rectificador 1N5400;
D2 – LED vermelho (GaAsP/GaP);
FTE1/2 – Full-range Visaton FR 10 4 OHM;
HS1/2 – Dissipador passivo de 10°C/W (TO-220);
IC1/2 – Amplificador de áudio de potência TDA2003;
J1 – Tomada de alimentação CC 5,5mm x 2,1mm;
J2 – Tomada TRS 3,5mm;
J3/4 – Tomada RCA;
JW – Fio multifilar 26AWG;
R1 – Resistor de carvão 680R±5% 1/2W;
R2 – Potenciómetro duplo 4,7KR±10% 1/8W;
R3/9 – Resistor de carvão 1,8KR±5% 1/8W;
R4/10 – Resistor de carvão 270R±5% 1/8W;
R5/11 – Resistor de carvão 47R±5% 1W;
R6/12 – Resistor de carvão 220R±5% 1W;
R7/13 – Resistor de carvão 2,2R±5% 1/8W;
R8/14 – Resistor de carvão 1R±5% 1/8W;
S – Interruptor unipolar.


A placa de circuito impresso é de face simples e, com os materiais adequados, pode ser preparada em casa. É fundamental respeitar a separação dos planos de massa de modo a evitar o fenómeno de ground loop. A união destes planos deve ser feita por meio de um fio multifilar de 26AWG (JW), conforme indicado no diagrama do circuito. Para a construção da caixa, recomendo MDF de 16mm de espessura, de acordo com as notas do projecto.

Links importantes:
Diagrama do circuito: http://app.box.net/shared/2tb2yj1ebj
Layout da placa: http://app.box.net/shared/a2ur8jv8yo
Modelo da caixa esquerda (em anim8or): http://app.box.net/shared/33i4o47n6h
Modelo da caixa direita (em anim8or): http://app.box.net/shared/py54s28v76
Notas do projecto (contém indicações importantes): http://app.box.net/shared/zf2nrqszka
Pasta contendo todos os ficheiros: http://app.box.net/shared/tx5jpl4x9j

01/06/2011

Colunas de som multimédia "Quattuor" (Rev. 1)

Concluído em Janeiro deste ano, este projecto trata-se de uma revisão menor ao projecto do post anterior. Para além de outras pequenas alterações, melhorei a resolução do potenciómetro de volume com vista a aproveitar toda a escala deste ao máximo. As características eléctricas e sonoras, contudo, mantêm-se.

O circuito difere apenas na introdução de um resistor (R3) em paralelo entre o cursor e um dos terminais do potenciómetro de volume (R2). Esta alteração faz com que o integrado LM1036 exerça um corte de apenas -10dB (em vez dos -20dB pré-definidos) quando o potenciómetro está a meio da escala.

Lista de componentes:
C1 – Condensador electrolítico 4,7mF 25V;
C2/14/23 – Condensador de poliéster 10nF 63V;
C3/5 – Condensador electrolítico 100µF 25V;
C4/6/20/29 – Condensador de poliéster 100nF 63V;
C7-10 – Condensador de poliéster 220nF 63V;
C11 – Condensador electrolítico 47µF 25V;
C12/21 – Condensador electrolítico 10µF 25V;
C13/22 – Condensador de poliéster 330nF 63V;
C15/24 – Condensador de poliéster 470nF 63V;
C16/25 – Condensador electrolítico 2,2µF 6,3V;
C17/26 – Condensador de poliéster 33nF 63V;
C18/27 – Condensador electrolítico 470µF 25V;
C19/28 – Condensador electrolítico 1mF 25V;
D1 – Díodo rectificador 1N5400;
D2 – LED vermelho (GaAsP/GaP);
FTE1/2 – Full-range Visaton FR 10 4 OHM;
HS1/2 – Dissipador passivo de 10°C/W (TO-220);
IC1 – Controle de áudio LM1036;
IC2/3 – Amplificador de áudio de potência TDA2003;
J1 – Tomada de alimentação CC 5,5mm x 2,1mm;
J2 – Tomada TRS 3,5mm;
J3/4 – Tomada RCA;
JW – Fio multifilar 26AWG;
R1 – Resistor de carvão 680R±5% 1/2W;
R2/5/7/9 – Potenciómetro 47KR±10% 1/8W;
R3 – Resistor de carvão 15KR±5% 1/8W;
R4/6/8/10 – Resistor de carvão 47KR±5% 1/8W;
R11/18 – Resistor de carvão 1KR±5% 1/8W;
R12/19 – Resistor de carvão 2,7KR±5% 1/8W;
R13/20 – Resistor de carvão 390R±5% 1/8W;
R14/21 – Resistor de carvão 47R±5% 1W;
R15/22 – Resistor de carvão 220R±5% 1W;
R16/23 – Resistor de carvão 2,2R±5% 1/8W;
R17/24 – Resistor de carvão 1R±5% 1/8W;
S – Interruptor unipolar.


No que respeita à placa de circuito impresso fiz poucas alterações. É agora possível imprimir também o layout da máscara de solda. No entanto, a máscara é opcional e em alternativa pode ser aplicado verniz "conformal coating" depois de montada a placa.

Links importantes:
Diagrama do circuito: http://app.box.net/shared/flc3nq4a7p
Layout da placa: http://app.box.net/shared/v6h47ptdt7
Pasta contendo todos os ficheiros: http://app.box.net/shared/45qpn4bzet

29/05/2011

Colunas de som multimédia "Quattuor"

Um projecto interessante, este conjunto de colunas activas (isto é, com amplificador integrado) tem controles para volume, balanço, graves e agudos. Este foi o meu primeiro projecto de amplificação de áudio. Iniciei os estudos para o mesmo em Setembro de 2007 e só o concluí em Março de 2010, após muitos erros, testes e correcções. Tendo uma potência de apenas 4,7W por canal (em termos de pressão sonora, traduz-se em 92,70dB), estas colunas são o suficiente para aplicações de secretária. Contudo, por não serem blindadas magneticamente, não podem ser usadas perto de monitores CRT ou outros dispositivos sensíveis a campos magnéticos.

Parâmetros de funcionamento:
– V d. mín. = 9,80V
– V d. máx. = 15,72V


Características eléctricas:
– I d. (V d. = 13,5V) = 887,5mA
– P (V d. = 13,5V) = 11,98W


Características de amplificação (em cada canal):
– Impedância de entrada: 967,7Ohm
– Sensibilidade de entrada: 316mV RMS
– Ganho (potenciómetro R4 centrado): 22,10dB (12,75V/V)
– Ganho (potenciómetro R4 num extremo): 23,69dB (15,29V/V)
– Potência de saída (Z FTE = 4Ohm): 4,7W


Características sonoras:
– Resposta em frequência (-10dB): 51-20500Hz
– Pressão sonora (SPL): 92,70dB (cada canal)


O circuito utiliza um integrado LM1036 para controlo de áudio. O estágio de saída é constituído por dois integrados TDA2003 que vão atacar os altifalantes. Neste projecto houve algum cuidado para evitar entrada de ruído. Os resistores R10 e R17 evitam entrada de estática quando o sistema não está ligado a uma fonte de sinal. Em cada saída do LM1036 existe um divisor de tensão (R11, R12, R18 e R19) que diminui a amplitude do sinal que vai entrar no respectivo TDA2003. Isto porque estes integrados não permitem definir um ganho inferior a 26dB sob pena de haver oscilações. É de notar que o facto de os divisores de tensão estarem à saída e não à entrada do LM1036, faz com que o ruído gerado por este seja menos amplificado, aumentando a relação sinal/ruído deste sistema de som.

Lista de componentes:
C1 – Condensador electrolítico 4,7mF 25V;
C2/14/23 – Condensador de poliéster 10nF 63V;
C3/5 – Condensador electrolítico 100µF 25V;
C4/6/20/29 – Condensador de poliéster 100nF 63V;
C7-10 – Condensador de poliéster 220nF 63V;
C11 – Condensador electrolítico 47µF 25V;
C12/21 – Condensador electrolítico 10µF 25V;
C13/22 – Condensador de poliéster 330nF 63V;
C15/24 – Condensador de poliéster 470nF 63V;
C16/25 – Condensador electrolítico 2,2µF 6,3V;
C17/26 – Condensador de poliéster 33nF 63V;
C18/27 – Condensador electrolítico 470µF 25V;
C19/28 – Condensador electrolítico 1mF 25V;
D1 – Díodo rectificador 1N5400;
D2 – LED vermelho (GaAsP/GaP);
FTE1/2 – Full-range Visaton FR 10 4 OHM;
HS1/2 – Dissipador passivo de 10°C/W (TO-220);
IC1 – Controle de áudio LM1036;
IC2/3 – Amplificador de áudio de potência TDA2003;
J1 – Tomada de alimentação CC 5,5mm x 2,1mm;
J2 – Tomada TRS 3,5mm;
J3/4 – Tomada RCA;
JW – Fio multifilar 26AWG;
R1 – Resistor de carvão 680R±5% 1/2W;
R2/4/6/8 – Potenciómetro 47KR±10% 1/8W;
R3/5/7/9 – Resistor de carvão 47KR±5% 1/8W;
R10/17 – Resistor de carvão 1KR±5% 1/8W;
R11/18 – Resistor de carvão 2,7KR±5% 1/8W;
R12/19 – Resistor de carvão 390R±5% 1/8W;
R13/20 – Resistor de carvão 47R±5% 1W;
R14/21 – Resistor de carvão 220R±5% 1W;
R15/22 – Resistor de carvão 2,2R±5% 1/8W;
R16/23 – Resistor de carvão 1R±5% 1/8W;
S – Interruptor unipolar.


A placa de circuito impresso é de face simples e, com os materiais adequados, pode ser feita em casa. Note-se que a separação dos planos de massa deve ser respeitada de modo a evitar o fenómeno de ground loop. A união destes planos deve ser feita por intermédio de um fio multifilar de 26AWG (JW), de acordo com o diagrama do circuito. Para a construção da caixa, recomendo MDF de 16mm de espessura, conforme indicado nas notas do projecto.

Placa de circuito impresso.

Links importantes:
Diagrama do circuito: http://app.box.net/shared/iu3oi3zaet
Layout da placa: http://app.box.net/shared/08v8rdofxx
Modelo da caixa esquerda (em anim8or): http://app.box.net/shared/xyz3srvqeo
Modelo da caixa direita (em anim8or): http://app.box.net/shared/nttx5sbl3f
Notas do projecto (contém indicações importantes): http://app.box.net/shared/6883sbx7fm
Pasta contendo todos os ficheiros: http://app.box.net/shared/45qpn4bzet

21/05/2011

Coluna de som "Cygnus"

Este é um projecto no qual trabalhei no ano passado. Trata-se de uma coluna de som de duas vias, à qual chamei "Cygnus". Com uma potência nominal modesta de 50W e uma resposta em frequência (-10dB) de 40Hz a 20KHz, é uma coluna apropriada para salas de tamanho médio. A sensibilidade de 87dB é um pouco baixa e faz com que seja necessário o uso de mais potência para se atingir um determinado volume. Todavia, a qualidade de reprodução é bastante boa.

Parâmetros de funcionamento:
– P nom. = 50W
– P pc. = 80W


Características eléctricas:
– R = 6,4Ohm
– Z nom. = 8Ohm


Características sonoras:
– Resposta em frequência (-10dB): 40-20000Hz
– Sensibilidade (1W/1m): 87dB


O circuito é bastante simples. Utiliza um crossover de 2ª ordem com alinhamento Linkwitz-Riley, com ponto de transição definido a 4,1KHz. Uma vez que requer poucos componentes, o crossover não introduz distorção perceptível. Os problemas de fase também são minimizados graças ao alinhamento escolhido. Os altifalantes da Visaton escolhidos para o projecto são relativamente baratos e de grande qualidade. Não recomendo o uso de outros altifalantes, uma vez que o crossover e a caixa foram calculados tendo em conta as especificações dos mesmos.

Lista de componentes:
C1/3 – Condensador Visaton ELKO spez. 2,2µF;
C2 – Condensador Visaton ELKO spez. 10µF;
FTE1 – Mid-bass Visaton W 130 SC 8 OHM;
FTE2 – Tweeter Visaton SC 10 N 8 OHM;
L1 – Bobina Visaton SP 0,68mH 1mm;
L2 – Bobina Visaton SP 0,68mH 0,6mm;
R1 – Resistor bobinado 8,2R±5% 5W;
R2 – Resistor bobinado 2,2R±5% 7W;
R3 – Resistor bobinado 18R±5% 5W.


A placa de circuito impresso é de face simples e, com os materiais adequados, pode ser feita em casa. Para a construção da caixa, recomendo MDF de 16mm de espessura, de acordo com as notas do projecto.

Links importantes:
Diagrama do circuito: http://app.box.net/shared/urcuesjflb
Layout da placa: http://app.box.net/shared/klpolb7f7a
Modelo da caixa (em anim8or): http://app.box.net/shared/se2fjudjyl
Notas do projecto (contém indicações importantes): http://app.box.net/shared/gk0nnc4k9y
Pasta contendo todos os ficheiros: http://app.box.net/shared/ph793oy4z4

17/05/2011

Uma breve apresentação

Embora tenha começado este hobby relativamente tarde (mais concretamente em 2005), o mundo da electrónica sempre me fascinou. Em pequeno desmontava velhos aparelhos que não funcionavam e admirava as placas de circuito impresso. Para mim, uma PCI sempre foi arte para os olhos. Agora com 30 anos, com alguns projectos feitos e com bastante experiência neste ramo, decidi iniciar este blogue.

Acredito na disseminação livre de informação e creio que a minha missão de vida é ajudar os outros. Penso que os conhecimentos que se ganham ao longo da vida devem ser partilhados. Criei este blogue, uma vez que é a ferramenta ideal para partilhar todos estes conhecimentos. Com este blogue, não só pretendo divulgar projectos da minha autoria, como também pretendo abordar conceitos e partilhar técnicas. Assim será um blogue mais virado para o aspecto prático da electrónica, se bem que possa abordar alguma teoria.