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26/01/2014
23/01/2014
O problema do Monoblocus Magnus
Desenhar um amplificador com topologia paralela não é fácil, ainda para mais utilizando integrados LM3876. Primeiro, é preciso assegurar que o ganho em malha fechada dos dois integrados é igual e que a carga à saída é repartida de forma equilibrada. Em seguida é necessário fazer os testes em placa de ensaio para confirmar se tudo funciona devidamente. Mesmo assim, não é certo que tudo corra bem. Neste caso, e apesar do sucesso nos testes anteriores, a implementação em placa de circuito impresso não funcionou como era suposto.
Depois de montada a placa, resolvi testá-la numa situação real. Ligando apenas o transformador e a respectiva alimentação, verifiquei que os dissipadores dos integrados aqueciam bastante em alguns segundos, isto sem carga e sem fonte de sinal. Com o altifalante e a fonte de sinal ligados, o som saía limpo mas só durante poucos minutos, antes da protecção térmica dos LM3876 começar a actuar. Após muita análise, percebi que o problema residia numa oscilação de alta frequência que só acontecia quando as saídas dos integrados estavam acopladas através dos resistores R9 e R14. Medindo a diferença de tensão entre as saídas dos integrados com um osciloscópio, constatei que a oscilação apresentava uma frequência e amplitude variáveis, com valores rondando 80KHz e 2Vpp respectivamente.
Depois de montada a placa, resolvi testá-la numa situação real. Ligando apenas o transformador e a respectiva alimentação, verifiquei que os dissipadores dos integrados aqueciam bastante em alguns segundos, isto sem carga e sem fonte de sinal. Com o altifalante e a fonte de sinal ligados, o som saía limpo mas só durante poucos minutos, antes da protecção térmica dos LM3876 começar a actuar. Após muita análise, percebi que o problema residia numa oscilação de alta frequência que só acontecia quando as saídas dos integrados estavam acopladas através dos resistores R9 e R14. Medindo a diferença de tensão entre as saídas dos integrados com um osciloscópio, constatei que a oscilação apresentava uma frequência e amplitude variáveis, com valores rondando 80KHz e 2Vpp respectivamente.
A solução, que aliás me foi sugerida por um amigo, envolve somente a adição de dois condensadores: um em paralelo com R6 e o outro em paralelo com R11. Estes condensadores diminuem o ganho para as altas frequências e, efectivamente, suprimem a oscilação. Após alguns testes, verifiquei que quaisquer condensadores com valor entre 68 e 100pF resolviam o problema sem diminuir demasiado a resposta em frequência do amplificador. Devo no entanto fazer notar que, ao aplicar condensadores de 68pF, ainda detectei uma oscilação residual com 5mVpp de amplitude.
Posso especular que o sucesso dos testes em placa de ensaio possa ter sido de alguma forma sustentado pelas capacitâncias parasitas da mesma. Na altura assumi que as condições de um circuito montado numa placa de ensaio seriam piores do que as do circuito na placa final. Mas dada a topologia paralela do amplificador e o layout particularmente "difícil" da placa final, aconteceu precisamente o oposto.
Exposto o problema do projecto actual, irei lançar uma revisão em breve que soluciona o problema de oscilação deste amplificador. Entretanto, caso tenha construído este projecto, sugiro que solde condensadores de 82pF directamente nos terminais de R6 e R11 para suprimir a oscilação. Os condensadores devem ser de mica (silver mica) ou cerâmicos do tipo NP0 (C0G), com tolerância de 1%.
Exposto o problema do projecto actual, irei lançar uma revisão em breve que soluciona o problema de oscilação deste amplificador. Entretanto, caso tenha construído este projecto, sugiro que solde condensadores de 82pF directamente nos terminais de R6 e R11 para suprimir a oscilação. Os condensadores devem ser de mica (silver mica) ou cerâmicos do tipo NP0 (C0G), com tolerância de 1%.
01/01/2014
Rectificadores Schottky duplos (série MBR)
No post de 14 de Março de 2013 discorri sobre díodos rectificadores Schottky, mencionando alguns dispositivos da série MBR. No entanto, esta série é principalmente conhecida pelos seus rectificadores Schottky duplos. Estes componentes englobam dois díodos rectificadores Schottky, terminados em cátodo comum, no mesmo encapsulamento. Tal configuração torna estes rectificadores particularmente úteis em fontes de alimentação comutadas.
A tabela abaixo é um sumário dos rectificadores duplos mais usuais desta série, categorizados de acordo com a corrente média e tensão inversa nominais.
35V | 45V | 50V | 60V | 100V | 150V | 200V | |
15A | MBR1535CT | MBR1545CT | MBR1550CT | MBR1560CT | – | – | – |
20A | MBR2035CT | MBR2045CT | MBR2050CT | MBR2060CT | MBR20100CT | MBR20150CT | MBR20200CT |
25A | MBR2535CT | MBR2545CT | MBR2550CT | MBR2560CT | – | – | – |
30A | MBR3035CT | MBR3045CT | MBR3050CT | MBR3060CT | – | – | – |
40A | MBR4035PT | MBR4045PT | MBR4050PT | MBR4060PT | – | – | – |
– | MBR4045WT | – | MBR4060WT | – | – | – | |
60A | – | MBR6045WT | – | MBR6060WT | – | – | – |
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